Além do Jogo

O blog do Marcelo Damato

Uma imagem que fala

Posted by Marcelo Damato em quarta-feira, 16 janeiro 2008

Essa foto mostra o tamanho do atraso do futebol brasileiro.

Nada a ver com o clube, que não é nada demais. Nem com o jogador, que já foi, mas não é mais. O que chama a atenção é o número de logos de patrocinadores no backdrop.

amoroso-aris-salonica.jpg

Eu contei 15 . E você?

Que clube do Brasil chega perto disso?

18 Respostas to “Uma imagem que fala”

  1. Preciso responder quem chega perto? ehehe.

    Ah, falaram que seis mil gregos estavam esperando o Amoroso.

  2. Felipe Bohrer said

    É verdade, mas lá não deve ter rede de televisão que filma só da testa ao queixo do jogador pra nao mostrar o backdrop. Outra coisa que me impressionou foi a largura da camisa que o amoroso tá segurando… GGG?
    será que ele está tão fora de forma assim?

    Eu tinha visto algo estranho, mas não realizei o que era, Felipe. Vai ver que é uma homenagem ao convalescente pivô Nenê, hehehe

  3. Rica said

    Na verdade são 16, como eu contei? eu entrei no site oficial do clube. E olha que tem 3 patrocinadores de peso, Amstel, Adidas e Vodafone.

    Caro Rica, Seja bem-vindo ao blog. E obrigado pela contagem. Devem ser 16 mesmo. Três patrocinadores de peso, para um time médio do futebol grego. Imagine o Olympiakos ou, ainda mais, o Manchester United.

  4. Mario Henrique said

    Logo, logo não cabe mais logo.
    Pior se não couber mais jogo.

    O jogo sempre cabe, Mário,, a questão é saber se tanto logo vai melhorar o time. O Amoroso é uma roleta.

  5. Rica said

    Olha, o Olympiacos tem um pouquinho mais, 23 patrocinadores, entre eles pasmem: Vodafone, Puma, citibank, siemens, citroen, amstel, trident e Coca-Cola. Eu não gosto nem de falar do Manchester, só da AIG o clube recebe 20 milhões de euros por ano. Com bonificações de títulos esse valor passa para 25.

    Para você ver, Rica. Muitos desses parceiros devem prestar algum serviço e pagar um dinheiro pequeno (ex: planos de saúde, fornecimento de comida para as diferentes equipes). Mas, como se diz, de grão em grão, a galinha enche o papo. 500 mil daqui, 500 mil dali e no fim dá para arrumar mais uns dois jogadores. Que podem fazer a difrença entre um vice-campeonato e um título.

  6. Alex B Palmeirense said

    Olá Marcelo, escrevo de novo após algum tempo, para rebater o tal de Michael Serra: para ele o tricolor deve chegar perto, certo?
    Marcelo, você como o jornalista esportivo que mais põe o dedo na ferida horrenda, grotesca do futebol brasileiro, posto que pertenceu ao hoje patético jk, por favor, mostre aos deslumbrados tricolores que o time dele não é nada de mais.
    A foto mostra que o “Real Madrid do Jardim Leonor” está atrás, em termos de organização e competência, até de um time grego médio. Aliás, uma sugestão: que tal um post falando sobre a barbaridade que ocorreu aqui em São Paulo, o senhor del nero (minúsculas propositais) usar uma pretensa instrução da CBF para se perpetuar até 2014, como o sr. Teixeira fez, e claro, encher os bolsos no processo de escolha ou construção de um estádio para a Copa. O mais importante seria destacar no post que todos os clubes afiliados votaram pela progorração de mandato, bonitinho, inclusive o tal time de nível europeu, que é (palavras de sua torcidinha), diferenciado e muito acima dos demais? Muito acima como, tendo cartolas tão subservientes, tacanhos e interessados em vantagens particulares a ponto de apoiar essa indecência? Grande abraço.

    Caro Alex, você voltou com a corda toda!, hehehe. Bem vamos responder por partes, deixando o que é mais complicado para o final.
    Em primeiro lugar, a tal instrução da CBF é uma balela. Ainda que exista, não vale nada. A Constituição dá autonomia a todas as federações para fazerem o que quiserem. Se o Del Nero fosse um democrata, não apelaria para ela. E, se os clubes não fossem uns bananas – na relação com a FPF, bem entendido, e isso vem de décadas, não de agora – não permitiriam esse golpe branco. Para a Fifa, tanto faz, até mesmo porque para ela as federações estaduais não existem. Não há nenhuma menção à entidades infranacionais em todos os seus documentos.
    É verdade que o São Paulo se acomodou com a CBF para ter um estádio para a Copa e isso é lamentado por muitos são-paulinos, inclusive neste blog. Como também é verdade que nenhum outro clube vinha se opondo ao Ricardo Teixeira de uma maneira mais firme (o Flamengo já foi oposição, mas depois foi pegar dinheiro emprestado). Ou seja, a oposição que havia acabou.
    Sobre o primeiro ponto, você tem razão quando diz ter muitas fontes de receita é importante e esse time grego tem mais do que qualquer time brasileiro, aparentemente. Mas você sabe que esse não é o único ponto. E também no futebol não é um fim em si mesmo. Só dinheiro não resolve.
    Mas o principal, e já disse isso aqui, é que acho cada torcedor deveria prestar muita atenção para a oportunidade que tem pela frente: se nenhum clube é realmente bem administrado, aquele que o for vai levar vantagem sobre os demais. Assim, cada torcedor, a meu ver, ganharia mais se ajudasse a pressionar sua diretoria a ser mais competente, a arrumar mais fontes de receita etc… Pode fazer isso se organizando em grupos de pressão (nada a ver com organizadas, claro), levando idéias, cobrando resultados, filiando-se ao clube para conseguir alguma cadeira no conselho (no Palmeiras, com 15 votos se faz um conselheiro). O São Paulo está na frente nesse processo, mas todos os clubes grandes têm condição de tomar a dianteira.
    Por último, se quer debater com o Michael, sugiro que dirija um comentário a ele. Abraço e seja bem-vindo de volta.

  7. André William said

    Isto nunca vai acontecer no Brasil porque a mídia brasileira é hipócrita.
    Em todos os programas e jornais esportivos todos pedem uma melhoria no futebol brasileiro, todos querem que os nossos garotos craques permaneçam por mais tempo no Brasil, mas quando a mídia poderia ajudar com isso e pelo menos mostrando os backdrops de maneira visível e com isto incentivar as empresas a investir nos clubes brasileiros, mas ao contrario disto a mídia parece que odeia os patrocínios e apenas filma a testa dos jogadores.

    Um exemplo de como isto nunca vai acontecer no Brasil é a parceria de naming rights entre o Atlético-Pr e a Kyocera, a Kyocera investiu milhões no estádio do atlético e em troca apenas queria o seu nome no estádio e a mídia nunca cita o nome da empresa em jornais e televisão.

    Qual é a vantagem para uma empresa patrocinar uma equipe brasileira sabendo que a sua marca raramente aparecera nos veículos de comunicações?

    Eu realmente gostaria de saber por que apenas no Brasil os veículos de comunicação têm este pavor de mostrar e falar sobre as empresas que patrocinam os times.

    Ps: A Espn é obvio não está incluída na lista de emissoras que “lutam” contra os patrocinadores esportivos.
    Se todas as emissoras e jornais agissem como a ESPN que mostra os backdrops e fala sobre as empresas com total naturalidade eu tenho certeza que mais patrocinadores se sentiriam seduzidos a investir dinheiro no futebol e com isso os grandes jogadores permaneceriam por mais tempo por aqui.

    Eu trabalhei um pouco na TV Bandeirantes e sei o que é isso, William, embora lá essa regra não fosse tão restritiva. Antigamente alguns jornais chegavam a adulterar as fotos para apagar as marcas dos patrcinadores nas camisas. O último a fazer isso foi o Lance. Mas isso durou pouco, acabou antes de eu entrar. Hoje o problema está restrito às TVs. Elas reclamam que os patrocinadores investem todo o dinheiro no clube e usam a TV de forma gratuita. Isso é verdade, mas acho que isso não é o ponto. Se exibirem os anúncios, os clubes crescem, e a audiência melhora, o que é bom para a TV.

  8. Rubens Leme said

    Já já eles vão descobrir que o Amoroso é um verdadeiro “presente de grego”.

  9. JoaoBittar said

    Muito boa a discussao.
    Agora, a foto tah mesmo meio distorcida. O efeito bastante sutil, na verdade eh um probleminha de transmissao. Como todos se debrucaram a “ler” a foto com atencao, a “coisa” apareceu estranha.
    O Amoroso pode estar acima do peso, mas nao eh soh isso.

  10. Rubens Leme said

    Esse é um bom tema, André. Eu que trabalhei na Folha junto com o Marcelo sei como funciona. E repare que eles até hoje falam na empresa de marketing que se associou ao Palmeiras mas não citam a Traffic. O motivo que nos davam é que se as empresas – qualquer uma – quiserem propaganda no jornal devem pagar. Só que as mesmas empresas podiam ser citadas na página de economia até pq seria gozado ao invés de falar Coca-Cola falar da “maior empresa de refrigerantes do mundo”.

    Rubens, na Folha nunca teve nada disso, não. Se havia era por conta dos jornalistas. E, que eu saiba, nunca uma foto foi retocada por isso. Não é João?

  11. JoaoBittar said

    Jamais!!!!
    Acho um absurdo alterar a foto por qq. questao.
    Eh valido procurar fotos tao boas quanto a que vc. quer, sem tantos patrocinios, pois as vezes ate desvia a atencao da informacao que esta sendo dada. Alterar nunca.
    Prefiro NAO dar a foto.

  12. Rubens Leme said

    Foto não, mas texto sim, Marcelo. Era proibido citar nomes. Cansei de ter texto meu retocado pelos editores da época e levar broncas pq nao devíamos citar empresas. Você não podia citar na legenda “Jogador toma uma Coca-Cola”. “Tinha que escrever jogador toma um refrigerante”, ou “atleta fecha com patrocínio fecha com marca de sandálias, mas sem citar o nome, que aparecia na foto. Mas vc citar “Grendene”, por exemplo e lá vinha o corte e a bronca.

  13. Rubens Leme said

    Apenas um exemplo do que falo: está no UOL Esportes, editado por Alexandre Gimenez que trabalhou conosco na Folha e que segue rigorosamente a cartilha Folha:

    “Para trazer o jogador, o Palmeiras pagará, segundo a publicação, cerca de R$ 5 milhões, e o jogador assinará um contrato por cinco anos. O valor será desembolsado por uma empresa de marketing esportivo, parceira do clube.”

    Empresa de marketing esportivo, parceira do clube… pq não escrevem Traffic, hein, Marcelo?

  14. Rubens Leme said

    e só concluindo: no meu texto não disse que retocavam fotos na Folha, jamais. Apenas disse que era suprimido o nome de empresas ou parceiras comerciais. Vide meu exemplo anterior com a Traffic.

    Entendi mal, Rubens. Mas nem proibição a menção de empresas havia. Entre na coleção da Folha e digite Parmalat para ver quantas menções há no esporte. Centenas.

  15. Rubens Leme said

    A Parmalat aparecia por ser uma parceria mais do que sedimentada e também porque a empresa era anunciante do jornal. Mas enfim… não vamos discutir por causa disso. Mas que não podia citar “Coca-Cola” em uma simples legenda não podia.

    Tem razão, Rubens, não vamos mais discutir por isso. ABS

  16. Eduardo said

    Marcelo, os caras tem patrocínios especializados, tem o patrocinador da água que bebem, dos carros que usam, dos telefoes que utilizam, da comida que comem… E como você disse, de grão em grão, eles enchem o papo e conseguem levar qualquer um que joga por aqui.

    É isso mesmo, Eduardo, os clubes conseguem arrumar um dinheirinho com qualquer coisa. Em 1993, quando voltei a trabalhar com esporte, a revista italiana Guerin Sportivo trazia todo mês o catálogo de produtos licenciados do Milan. Era uma revista. Fora os artigos esportivos – com três níveis de camisa do time, com preços bem diferentes – havia de um monte de artigos pessoais e de vestuário. Se o cara quisesse poderia vestir só Milan, do terno à cueca, do sapato ao pijama. E era tudo bem bonitinho. Em 2007, no Brasil, não há nem cheiro disso.

  17. Clayton said

    Lendo o comentário do Alex B, chamando o São Paulo de “Real Madrid do Jardim Leonor”, “torcidinha”, num tom pejorativo, depreciativo, como se fosse algum demérito pertencer ao Jardim Leonor (Distrito Vila Sônia), revela a escala do “ódio” que estabeleceu na rivalidade entre alguns torcedores. O estádio do Morumbi, pertence ao distrito do Morumbi, isto verificado em qualquer guia de ruas que se preze. Mas não teria o menor problema se fosse na Vila Sônia. E questiona a organização do clube ou a sua competência, denotando fatalmente um certo recalque. É sintomático, mas faz parte. Só lamento – ainda que de forma implícita- o preconceito embutido nas palavras. E olha que no passado já foi bem pior, com a segregação racial imposta por certa agremiação, e até hoje o preconceito “entoado” nas arquibancadas da sua respectiva torcida. Revelador…

  18. Sergio Landgraf said

    Depois de ter deixado o futebol brasileiro em baixa e ter sido recebido como herói em seu novo clube, acabou a lua de mel do atacante Amoroso na Grécia. Dispensado pelo Grêmio em 2007 e contratado como principal esperança da temporada pelo Aris Salônica, o jogador está passando por problemas na Europa.

    No clube grego desde o começo desse ano, ele reclama que o contrato que foi assinado não está sendo cumprido. “Estava bem quando vim para cá, muito feliz com a recepção que tive da torcida, consegui recuperar a forma física e a alegria de jogar. Mas agora, fica complicada a minha situação, já que as pessoas que me trouxeram para cá não estão cumprindo o prometido”, disse o jogador.

    Segundo Amoroso, seu principal problema é em relação ao pagamento dos valores acordados no contrato. De acordo com o empresário do jogador, Nilvaldo Baldo, o time grego está pagando como salário o que foi prometido em luvas, além de não ter pagado as porcentagens para os envolvidos na negociação do atleta.

    Apesar de o jogador e o empresário não revelarem os valores da transferência, a impressa grega divulgou que o atacante receberia, ao final do contrato de 18 meses, 1,2 milhão de euros, cerca de 66,7 mil euros mensais (R$178,5 mil).

    “Não vim para cá por causa do dinheiro. Estava muito bem na minha casa, não liguei para ninguém para jogar aqui. Eles que foram atrás de mim e me trouxeram. Não preciso mais passar por coisas assim depois de tanto tempo no futebol”, lamentou.

    Se recuperando de uma velha contusão no tendão de Aquiles, Amoroso busca com o Aris o título da Copa da Grécia, onde a equipe está na semifinal contra o Panathinaikos. “Estamos buscando esse título. Temos uma equipe forte e queremos a vaga na final. Estou me recuperando para voltar a tempo para essa partida, mas essas coisas extra-campo tiram o meu ânimo para qualquer coisa. Fica complicado jogar assim.”

    No primeiro jogo, realizado no dia 2 de abril, o Aris venceu por 1 a 0. Agora, Amoroso tenta se recuperar para o jogo de volta, que acontece no dia 16 deste mês.

    O principal alvo das reclamações do atacante brasileiro é Ioannis Kontis. Sócio-diretor do Aris, foi o representante do clube envolvido na negociação. O cartola chegou a ser demitido pelo presidente Skordas Charalampos, mas o próprio Amoroso brigou para que ele ficasse, o que acabou acontecendo. Mas agora, segundo o jogador, é o próprio Kontis que está prejudicando sua permanência.

    Mesmo fazendo questão de elogiar a torcida local, Amoroso deixa claro que sua passagem pelo clube grego está próxima do fim. “Tenho contrato até o meio de 2009 e minha intenção era cumpri-lo até o fim. Fico triste, principalmente pela torcida, que gosta muito de mim, mas fica complicado continuar assim. Se não resolver esses problemas logo, vou tentar uma rescisão amigável.”

    Mais reclamações e denúncias
    Nivaldo Baldo, empresário de Amoroso, está revoltado com a situação do jogador. “Quando fomos chamados para ver a estrutura do clube, era uma maravilha. Mas agora estamos vendo a realidade”.

    O atacante conta que, mesmo depois de ter recuperado sua forma física, voltou a sentir uma antiga lesão no tendão de Aquiles por causa da condição precária do centro de treinamento do Aris. “O campo é muito duro. Outros jogadores já se lesionaram.”

    Os dois fazem outra denuncia contra o clube grego. Eles contam que o jovem jogador Moreira, também agenciado por Baldo, assinou um pré-contrato com o Aris, mas agora, por causa de uma possível represália, o time “engavetou” o acordo. Dessa forma, o jogador não pode assinar nem jogar por nenhum outro time.

    “Já mandei uma carta formal para a Fifa, para a Uefa e para os jornais gregos falando sobre essa situação do Moreira e da falta de pagamentos do clube. O problema é que até agora não recebi nenhuma resposta e fico preocupado com isso, principalmente pelo Moreira, que está impossibilitado de jogar e continuar sua carreira”, disse Baldo.

    A reportagem do UOL Esporte entrou em contato com o Aris, mas os dirigentes dizem não ter nada para comentar, tanto sobre o caso de Moreira quanto sobre o Amoroso. A única menção feita em relação ao atacante foi um elogio. “Ele é um grande jogador”, disse o clube, por meio de sua assessoria de imprensa.

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