Além do Jogo

O blog do Marcelo Damato

Um peso, duas medidas

Posted by Marcelo Damato em sexta-feira, 29 fevereiro 2008

O presidente da comissão de arbitragem da FPF, Marcos Marinho, afastou o árbitro Anselmo da Costa, por ser instrutor do Instituto Wanderley Luxemburgo. Foi uma decisão acertada.

Mas Marinho não usou esse critério com Paulo Roberto Ferreira, o árbitro que vende apólices de seguro a técnicos e dirigentes.

Em tempo, Anselmo, o afastado, se dá bem com Luxemburgo. Ferreira, o mantido, se dá mal com o treinador, da mesma forma que o presidente da comissão de arbitragem.

É claro que não dá para afirmar que Ferreira foi poupado por isso, mas tampouco dá para negar.

12 Respostas to “Um peso, duas medidas”

  1. Rubens Leme said

    Um árbitro na ativa não pode trabalhar para um técnico igualmente na ativa! isso é básico e um absurdo que esse Ancelmo (acho que o nome é com C) tenha aceito.

    E Luxa tá causando estragos em Joinville. E no meu time. é por isso que defendo o banimento dele no futebol. Ele é pior que Wagner Ribeiro, Juan Figer somados.

    Concordo, Rubens, mas é “Anselmo” mesmo.

  2. Maurício said

    Caro Marcelo.
    Entendo que existe uma grande diferença entre os dois casos. O Ancelmo (?) foi convidado e aceitou ser intrustor do IWL. Deveria ele imediatamente solicitar o seu afastamento do quadro de árbitros, por incompatibilidade de funções.
    Não o fez e pior, se mancou. Só foi afastado agora, pelo péssimo chefe da Comissão de Arbitragens, pois houve uma denúncia do Juca Kfouri, na rádio CBN e em seu (dele) blog.
    Já o caso do Paulo Ferreira ele apenas atende uma exigência da própria regra de arbitragem nacional e tem outro emprego, que é o de ser funcionário de uma instituição financeira. É ético ele procurar para colocar seus produtos pessoas que ele conhece dentro do campo de futebol, acho que não, mas afastá-lo seria um precedente perigoso, pois as regras seriam impostas pelas Comissões de Arbitragem, ou seja: “Para ser árbitro o interessado precisa ter outro emprego, desde que não sejam os seguintes…..” É ruim não. Mas da mesma forma que o Luxemburgo num momento de raiva, para tentar diminuir o cidadão Paulo Ferreira fez insinuações a respeito do seu trabalho privado, deveria ele também vir a público, na ocasião, para informar que o Ancelmo era seu colaborador (empregado) no IWL, ou estou errado.

    Maurício, eu concordo que os casos são diferentes, mas não acho admissível um juiz vender seguros a participantes do espetáculo. Pense num juiz togado. Ele não pode ter atividade econômica de espécie alguma, mesmo com quem não vá julgar. Juiz só pode ser juiz e professor, nada mais. Esse árbitro está no meio do futebol umas dez horas por semana, quando muito, se apitar duas partidas por semana, o que não acontece muito. Some mais umas cinco horas de viagem, com favor. Ele tem todas as demais horas da semana para conhecer pessoas e vender seguros. Além disso, ninguém o obriga a ser árbitro. É opção dele. E ele já é remunerado pela arbitragem. Logo também não pode querer se aproveitar duplamente da situação. O caso do Anselmo é pior, mas o do Ferreira é muito ruim também. Não acho o Marinho péssimo na comissão de arbitragem. Tem tomado decisões boas. Mas não pode tolerar que um árbitro mantenha qualquer tipo de relação econômica com qualquer clube. E se árbitro fosse agente de viagens, se reservasse hotéis para o Corinthians? Poderia?

  3. Onofri said

    Perguntinha: de acordo com critérios éticos, nenhuma pessoa ligada ao futebor profissional de alto nível poderia comprar a revista com a bandeirinha nua sem roupa?
    O outro lado: ela jamais deveria ter posado nua sem roupa para a revista?

  4. Emerson Figueiredo said

    O futebol é profissional no Brasil apenas nos times, comissões técnicas e imprensa. O restante o usa como bico. Dirigentes e árbitros têm empregos ou atividades empresariais próprias. Mas precisam dedicar horas e dias a suas atividades esportivas. São situações que causam este tipo de problemas. O ideal é que seja discutida uma forma de profissionalização destas atividades.

    A profissionalização é de fato a solução, Emerson, mas os árbitros não ganham migalhas para apitar. E ninguém é forçado a ser árbitro. Da mesma forma que jornalista não deve fazer propaganda, fazer assessoria para jogador (a não ser que faça apenas isso, claro), árbitro não pode ter relação econômica com protagonistas do esporte.

  5. Anísio FC said

    Foi impressão minha ou esse comentário tá meio simpático ao Luxemburgo?
    A falta de critério da FPF foi sensível, deveria investigar mais a fundo o outro árbitro…

    É o que eu acho, Anísio. Mesmo que tenha sido com a pior das intenções (não sei, não sou telepata), Luxemburgo prestou um serviço ao levantar esse assunto.

  6. Rubens Leme said

    Sabe o que acho? que Luxemburgo não curte pagode e sim, heavy metal, Motorhead para ser mais especifico. vejam se a letra de Orgasmatron não combina com ele…

    Eu sou o escolhido, Orgasmatron
    A mão com sede de sucesso
    Minha imagem é de agonia
    Meus servos estupram a terra
    Servil e arrogante
    Clandestina e dor
    Dois mil anos de miséria
    De tortura em meu nome
    Hipocrisia fez superior
    A lei paranóica
    Meu nome é chamado de religião
    Sádica
    Sagrada
    Prostituta

    Eu distorço a verdade
    Eu governo o mundo
    Minha coroa é chamada de enganação
    Eu sou o imperador das mentiras
    Você rasteja a meus pés
    Eu te roubo e te sacrifico
    Sua queda é meu ganho
    E você ainda banca o bajulador
    E se rebela em sua dor
    E todas as minhas promessas são mentiras
    Todo meu amor é ódio
    Eu sou um político
    E eu decido seu destino

    Eu marcho diante de um mundo marciano
    Um exército para a luta
    Falo de grandes dias heróicos
    De vitória e poder
    Seguro uma bandeira encharcada de sangue
    Eu te encorajo a ser valente
    Eu te conduzo a seu destino
    Eu te conduzo a seu túmulo
    Seus ossos construirão meus palácios
    Seus olhos serão os pregos da minha coroa
    Pois eu sou Marte o deus da guerra
    E eu te derrubarei

  7. Rubens Leme said

    quem quiser ver o vídeo para ter uma idéia:

    http://schopenhauerperde.blogspot.com/2008/02/msica-favorita-de-luxemburgo.html

  8. Rubens Leme said

    E o Luxa estrilou que Anselmo foi afastado! a cara-de-pau não termina…

    http://uolesporte.blog.uol.com.br/arch2008-02-24_2008-03-01.html#2008_02-29_20_48_42-

    Luxa acha absurdo árbitro ser afastado porque trabalha em seu instituto

    Na última quinta-feira, o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol, coronel Marcos Marinho, anunciou o afastamento do juiz Anselmo da Costa por ele ser um dos professores do Instituto Wanderley Luxemburgo.

    O treinador do Palmeiras não gostou do ocorrido. “Fiquei surpreso, é difícil entender. Por que ele afastou, só por que o Anselmo vai dar aula? Será que por isso ele [Anselmo] vai me beneficiar? Ele não foi contratado para roubar jogos para o Luxemburgo”, opinou.

    “É uma desconfiança, uma perseguição desnecessárias. Como montei um curso de futebol, preciso ter alguém para falar de arbitragem. Fiquei chateado porque o rapaz [Anselmo] vai dar aula e será prejudicado”, acrescentou.

    O Luxemburgo é impressionante, Rubens. Para ele, conflito de interesses é um conceito que simplesmente não existe.

  9. Anísio FC said

    Genial a sacada do Rubens com o Motörhead/Orgasmatron…
    Talvez por isso que o Sepultura. em sua melhor formação com os Cavalera, dois palmeirenses fanáticos, gravou a música!

  10. Anísio FC said

    E quanto ao Luxa…
    Amoralidade é isso aí.

  11. ANSELMO DA COSTA said

    boa tarde,
    SR.MARCELO, se trabalhar com honestidade neste país seja sinonimo de prejuizo, considero que o nosso lema nao seja dignidade.Se profissionalismo iniciasse com honestidade, carater e dignidade, entao nao existe profissionalismo no meio do futebol, infelizmente.
    Sou coordenador do curso de arbitragem no Instituto WANDERLEY LUXEMBURGO, no qual em um sistema inovador, vai levar cultura e futuras possibilidades de emprego a milhares de pessoas no BRASIL e no MUNDO, pois ja existem franquias fora do país. Se fui escolhido a administrar o CURSO ARBITRAGEM, 1. sou capacitado, 2. tenho experiencia , 3. sou idoneo.
    e com relaçao a instituiçao, sempre fui claro e por etica solicitei para nao ser escalado em jogos no referido treinador. POR ETICA, pois por profissionalismo e carater, poderia eu apitar jogos de meu pai que seria o mesmo , pois dignidade e honestidade NAO SE COMPRAM.
    Nada foi obscuro eu feito as escondidas, 1. por que nao sou sujo, 2.SOU ARBITRO A MAIS DE 12 ANOS SEM NADA CONTRA.apitei final de campeonato paulista, semi de copa do brasil, semi de brasileiro, fui aspirante a FIFA, TENHO no curriculo mais de 700 jogos profissionais, enfim uma vida dedicada a arbitragem, qual o mal em externar estas experiencia dando a outros novos rumos?? sera que dignidade é voce trabalhar honestamente?? ou teremos que ter outros EDILSON, onde o sujo é inaltecido neste PAÍS.

    Caro Anselmo, sua mensagem é uma surpresa e é uma honra. Tomarei a liberdade de publicá-la como post, como faço com outras casos semelhantes.

  12. Fabio Morais said

    Caro Marcelo, faço minhas as palavras iniciais do Sr Anselmo que , coloca que trabalhar , e ser honesto no Brasil , é demérito, infelismente , por isso escrevo não só para defender somente a pessoa que conheço , mas para tambem alertar do jugamento injusto e impróprio para com o arbitro Paulo Roberto Ferreira. Apesar de não ve-lo a muito tempo pessoalmente, só as vezes pela tv , ele é um grande amigo de vários anos atraz , e posso afirmar que se tarta de um trabalhador determinado e muito esforçado , acompanhei todo o processo de estudo que teve quando iniciou sua carreira , ele morava em Matão no interior de SP e viajava toda semana para capital onde fazia o curso , deixou o emprego no banco onde trabalhava como vendedor de seguros e arriscou tudo para ir em frente com sua escolha, chegou a passar dificudades para conseguir o que queria , algo normal quando alguem persegue um objetivo , e com muita honestidade venceu e esta vencendo vários obstacúlos ,a pouco em reportagem pela tv vi que espulsou acertadamente na minha opinião o Técnico do Palmeiras Wandeley Luxemburgo e pessoalmente sei que o fez porque porque ele julgava justo e não por outro motivo. Se o fato de ele trabalhar exercendo outra profissão o desabona , só porque aproveita a oportunidade como bom vendedor que é como eu tambem sou, vende para profissionais do futebol, ele deveria então ter cobertura para ser um arbitro profissional e poder deixar o outro emprego e poder se deticar totalmente e exclusivamente a arbitragem cometendo menos ¨erros¨ dentro e fora de campo. Não acredito que fora poupado de punição , mas sim ele realmente não merece nenhum tipo de punição.Por enquanto não , porque como todo ser humano ele como outros um dia tambem pode errar.

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