O outro lado de Viola
Posted by Marcelo Damato em sábado, 19 janeiro 2008
Esse é um trecho de uma reportagem da Folha de S.Paulo, em visita à concentração do Duque de Caxias, que tem vários estrangeiros no elenco e também o atacante Viola, reserva da seleção do tetra.
“Não tenho papo com este cara. Ele é muito marrento. Não gosto de gringo. Não gosto de argentino, de sérvio. Não gosto de estrangeiro”, disse Viola, ao ser questionado sobre o seu relacionamento com Dusan.
“Viola deixava o restaurante e seguia em direção aos elevadores. Ao encontrar o sérvio, o reserva de Romário na conquista da Copa de 1994 começou a berrar: “Você é um merda”, gritou o jogador por sete vezes.”
E, pela maneira como Viola se comportou, desinibido diante de um repórter, não deve ser a primeira vez que age assim com estrangeiros nem mesmo com o sérvio. Vamos ver o que a diretoria do Duque de Caxias fará.
* Post publicado por sugestão do leitor Leandro
Além do Jogo 
JoaoBittar said
Eh o tipico caso de Fracasso que lhe subiu a cabeca…
o futebol neste comeco de ano ta parecendo congresso de psiquiatria em Buenos Aires
Tem razão, João, e paradoxalmente este é um dos começos de ano mais animados do futebol brasileiro nos últimos tempos.
Tulio said
Fala Marcelo! Voltei. Vejo o blog duas vezes por dia… Não sou muito de postar, mas tô sempre por aqui.
Concordo com o João. O Viola é um fracassado. Ganhou uma Copa com esforço praticamente zero (só entrou uns minutos na final para fazer firula), e se acha o craque. Eu li a reportagem completa, e a desculpa dele é que não teve bom tratamento na Europa. Isso não justifica a falta de educação e xenofobia. Não foi bem na Europa porque não mostrou competência. O clube Duque de Caxias deveria dispensá-lo, pois fatos como esse produzem uma imagem negativa para o clube. Tirem o Viola e coloquem um atacante jovem, veloz e civilizado. Minha avó dizia: Cada um dá o que tem da alma.
Abraço
É isso aí, Túlio. O ódio não leva a nada.
Eduardo said
Justamente por ser negro, ele deveria ser bem diferente do que é. Ladino racista.
O racismo não tem cor, Eduardo. Não sei como é agora, mas, há uns 20 anos, a comunidade negra de Porto Alegre realizava festas (pagodes, coisas assim) de dois tipos. Numa se você fosse branco, só entrava se fosse levado pela mão de um negro. Em outras, nem assim. Um dos principais alimentos do racismo é o medo. E um dos principais alimentos do medo é a desinformação. Não é à toa que o racismo está diminuindo. E está mesmo. Quando eu era criança, em São Paulo havia muita gente que dizia com orgulho que “meu cachorro não pode ver um negro e já fica nervoso” ou que defendia que japonês não podia casar com negro porque o filho nascia retardado. E outras besteiras assim.
Pedro said
Dizer o q de uma pessoa como o Viola !
Nao e possivel e e inadmissivel q tal preconceito passe impune ! E o pior e q ainda e q e um companheiro de trabalho !
Isso demonstra o quanto esse cidadao e sem educacao ! E o pior e q jogou fora do Brasil ! E e claro q fracassou !
E digo mais ainda se dizer q na epoca q ele jogou fora foi muito maltratado e uma mentira maior ainda ! vivo na Espanha e sei o q digo !
E por esse tipo de atitude e algumas mas q nao cabe dizer no momento os jogadores brasileiros sao na maioria das vezes considerados pessoas se nenhuma cultura e educacao ! Eu dissse na maioria das vezes , mas sao pouquissimas as exceções!
So de pensar q esse racista chegou perto de jogar no meu Sao Paulo me da calafrio !
Isso nao pode passar impune ! Tem q ser processado e pagar bem caro!
Isso so poderia sair de um fracassado como esse !
Calma, Pedro. Sei que é revoltante, concordo com quase todas as suas idéias, mas peço que tome cuidado com os adjetivos. não é porque o Viola falou um monte de ofensas que devemos reagir a ele do mesmo modo. E não são tão poucas a exceções de jogadores sem educação. Pelo contrário, o comportamento do Viola e o dos jogadores que exageram nas noitadas estão longe de ser a regra. A maioria é responsável e cuida bem da profissão que abraçaram. Abraço
Flavio said
Queria ver o que aconteceria se o sérvio disesse que não gosta de brasileiros ou, especialmente, de negros. O país iria parar. Mas vivemos num lugar onde a ministra da Igualdade Racial (algo que nem mereceria ministério, aliás), diz que negros não cometem racismo e continua no cargo. Não vai dar em nada.
Flavio, também não é assim. O país só pararia se isso acontecesse na frente da TV e o agredido jogasse num time grande. Um uruguaio xingou o Toró num jogo-treino e a reação foi ainda menor do que essa do Viola (é claro que nesta o repórter ouviu, na outra houve reclamações dos jogadores).
Rubens Leme said
Não é novidade pra mim. Sua passagem pelo Valencia foi tensa e Placar fez uma matéria em 95 falando que Mazinho teve que separar certa vez ele e o capitão Fernando de saírem no tapa. À época, o time era dirigido por Parreira e ele teve vários conflitos com outros estrangeiros, principalmente um sérvio ou croata, não me lembro bem.
Se o sérvio tiver peito, o processa.
Anísio FC said
Li hoje isso na Folha de São Paulo e me senti bastante envergonhado…
Viola anda com umas manias bobas, de falar dos atacantes dos outros times, dar palpite onde não se deve e falando besteiras. O texto chama Viola de xenófobo assumido, mas foi mais que isso, foi estupidamente burro.
Ainda bem que o repórter narrou o que viu e mesmo que o sérvio não o processe, que seja cobrado pela opinião pública.
Maurício said
Existe uma diferença entre racismo, que é você não gostar de modo generalizado de branco, preto ou amarelo e xenofobia, que é não gostar de estrangeiros. Hitler um dos maiores cultuadores da xenofobia, não tolerava os judeus, desde o seu inicio na vida pública e deu no que deu. O Viola foi claro, não gosto de gringo, não importe a que raça ele pertença. Além de ignorância é digna dele, que estava na sarjeta, recebeu uma mão, mas a cabecinha sempre vai atrapalhar. Um cara que em determinado momento da vida disse, que a comida espanhola era um lixo, esperar o quê.
Concordo com sua distinção, Maurício, mas acho que errou no exemplo. Hitler era muito mais racista do que xenófobo. Ele pregava a supremacia da raça ariana, quis incluir no seu país a parte germãnica da Tchecoslováquia (o que é a atual República Tcheca) e a Áustria, enquanto desprezava os eslavos da Polônia e da Eslováquia. Também perseguiu os alemães que eram judeus. Logo o problema para ele não era de passaporte, mas de DNA.
Sobre o Viola, acho que ele é um símbolo distorcido de uma geração de jogadores. Nos anos 90, havia muitos que iam para a Europa e voltavam dizendo serem vítimas de discriminação e dizendo que a comida era uma droga. Acho que hoje em dia os jogadores já vão sabendo mais sobre o que vão encontrar. Assim, conseguem se adaptar mais facilmente. E, quando se está contente, a comida desce melhor, hehe
Anísio FC said
Lembro disso Maurício…
O cara disse que se alimentava só com bolacha de água e sal, na época mesmo tirou-se um sarro do cara.
Fo ridídulo mesmo!
Gustavo Fernandes said
O pior é que eu duvido que a diretoria do Duque de Caxias rescinda o contrato deste idiota. Afinal, ele é a “estrela” de um clube pequeno…
Vamos esperar para ver, Gustavo. Em casos assim, a reação dos torcedores conta muito.
Pedro said
Em resposta ao seu comentario acima !
Nao creio q deva tomar mas cuidado nos adjetivos q escrevi ! Apenas digo q uma boa parte da fama q jogadores brasileiros tem fora do pais foi concebida por eles mesmos ! E nao e por gostar da noite e das festa etc..
E sim exatamente por nao saber como se comportar num lugar de costumes e cultura diferente !!!
Concordo plenamente q os jogadores de hj sim saben o q vao enfrentar e estao bem preparados para jogar fora do pais !
Infelizmente vai demorar um pouco ate q esta ma fama do jogadores brasileiros seja mudada !
Mas seria interessante punir esses pessimos exemplos como o desse sujeito !
Valeu !!!!!!!!!!!
Caro Pedro, faça como preferir. Só se lembre que neste blog não há espaço para ofensas. Um abraço